Ansiamos por nos tornarmos proprietários do máximo de coisas possíveis. Grande ilusão. Mesmo se nos tornamos o único possuidor de todas as coisas da Terra, se formos o único ser vivo no mundo, de que nos valem incontáveis bens?
Sem poder partilhar nossas posses com alguém, sem a chance de nos relacionarmos, nutrirmos amizade e intercambiarmos amorosamente com outros, qualquer possibilidade de felicidade é absolutamente descartada.
“All you need is love!”. Essa é a necessidade fundamental da existência. Por isso, sem dar e receber amor, ninguém se sente plenamente nutrido. Esse é o próprio dharma da alma, sua mais profunda essência.
Todos anseiam profundamente por experiências amorosas, pois elas são a causa do verdadeiro prazer e da verdadeira felicidade. Somente o amor pode visitar o coração do ser vivo e alcançar o Eu verdadeiro que nele habita.
Os outros prazeres, frutos de experiências sensoriais, da fama, do poder e mesmo da especulação filosófica seca, no máximo, podem atingir os sentidos, a mente e o intelecto, mas são incapazes de tocar a alma.